quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Filho pródigo

O filho pródigo regressou a casa… e é muito bem-vindo! Considerava-me optimista ao esperar este regresso para uma data que dizem mais especial, mas chegou mais cedo e foi uma agradável surpresa. Não é o regresso que eu sonho, e nunca o será, mas de entre todo o mal este regresso é agradável. O meu sonho nunca passará disso mesmo, é um sonho desprezível para Ele que nunca se verá solvido em realidade. Errei muito e agora pago por isso. Ouço e reouço o meu cunhado dizer-me de forma muito séria e com razão que “não há amor como o primeiro”. Tive que aprender e aprendo agora com a dor que não esgota, a dor de um coração ancorado. O filho pródigo regressou frio e eu já não partilho o seu mundo. Mata-me essa distância.
Mas tenho que agradecer, porque ele regressou e não foi embora, e talvez com o tempo as feridas possam ser curadas em grande parte e eu consiga ver uma pequena parte do meu sonho a realizar-se.
És bem-vinda. Estás perdoada. Perdoa-me agora tu e poderei ser um pouco mais feliz.
Alma, minh’alma, diz-me para onde vou, diz-me para onde ir, que fazer, que caminho tomar, que lágrimas chorar ou que sorrisos tomar. Farto de ser o amigo diz-me que coração tocar, que espírito conquistar, que futuro escolher, o que ser, eu triste ou eu feliz, um contador de histórias destroçadoras de corações, capazes de tocar forte como o meu coração não toca…